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Na segunda metade do século XXI, as crises mundiais se espalham pelo globo terrestre; tanto as contradições climáticas, e ecológicas, como os conflitos de raizes econômicas e demográficas vão se multiplicando e ficando a cada dia mais e mais agudas.
A America do Sul também é açoitada pelos mesmos dramas planetários. Porém, o continente consegue se mantener em paz e garantir a liberdade em seus vastos territórios, num processo de integração cada vez mais organizada e pacífica.
Embora decentralizada, foi sendo criada uma grande confederação com a liderança natural do Brasil, e um segundo centro, ou pólo paralelo, na Argentina; agora esse amplíssimo território antes chamado Mercosul e mais tarde UniSul, foi virando uma das três grandes potências mundiais.
Uma grande red continental de ferrocarris, hidrovias e de centrais hidroelétricas, foi se estabelecendo nas beiradas das florestas amazônica e no Chaco Boreal; enormes construções eólicas e até nucleares surgiram nos litorais brasileiro, uruguaio e argentino, mesmo apesar da forte oposição dos movimientos ecologistas e dos povos originários.
A floresta amazônico agoniza. O aumento do nível oceânico ameaça as áreas costeiras. As geleiras dos Andes desaparecem. Nos anos que vão de 2030 até 2040 foi tirado até o último atomo de lítio dos salares da Bolívia para produzir pilhas e baterías, causando revolta e quase que a desintegração parcial do país, que passa a ser administrado entre o Paraguai e o Brasil. Oficialmente o continente é o único no mundo sem armas nucleares, mas há fortes suspeitas que o Brasil-Argentina tenham algumas disfarçadas em Angola…
Os EUA já não mais existem, despois de duas ou três grandes guerras civis durante as quais se criaram bloques diferenciados que vivem em sistemas polìticos ultra conservadores e isolados, na mais absolucta miséria e desigualdade, disputando espaços vitais com as mais variadas seitas religiosas. Canadá, uma potência pesqueira e petroleira graças às jazidas do Ártico, anexou a Alasca, e criou uma cortina de aço na fronteira sul para impedir a passagem dos emigrantes dos antigos e falidos EUA.
Europa, afundada na crísis econômica e nos antigos egoismos nacionalistas, foi se convindo numa fortaleza gerontocrática e paranoica.
A Ásia, dominada pela guerra fria entre a China e a India. China anexou gran parte da Sibéria. As duas superpotências tem sistemas autoritários e ultra-nacionalistas, enfrentados indiretamente por meio dos seus países satélites.
O conglomerado Brasil-Argentina-Paraguai-Uruguai anexou alguns antigos territórios do domínio português na África como Cabo Verde e Angola que agora apoiam e secundam à confederación latino-americana. Africa é uma área de enfrentamento entre o Brasil e a China.
Querido Antoine, por dónde andas, amigo?
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